Segunda-feira fui doar sangue pra poder receber de graça alguns exames que precisava pro concurso. Legal, achei um lugar que eles entregavam os resultados dos exames em 5 dias (no Hemocentro demorava 10 dias). Fui feliz e contente lá pro Hospital Santa Lúcia.

Dei meu nome, expliquei minha situação pra moça da recepção (pobre que precisa dar o próprio sangue pra conseguir uns exames de graça), lanchei, respondi o inquéri…, digo, questionário sobre minha situação e entrei pra salinha de retirada de sangue.

Como eu tinha tirado sangue do braço direiro pra uns exames, a moça tentou tirar do meu braço esquerdo. Isso mesmo que vocês leram: TENTOU. Olhou, apertou, deu batidinhas, umas três pessoas em cima do meu braço pra achar uma “veia boa”. Tava me sentindo a pessoa mais importante ali daquela salinha (ai, meu Deus, eu adoro isso! ).

Ela ainda chegou a me furar (ao contrário da moça do Hemocentro, que disse que não ia adiantar, pois eu não tinha veia praquilo) e ficou mexendo com a agulha no meu braço. Caraca, como doeu! Ela disse que não dava, pois minha veia estava dançando. Pôxa, e eu nem prestei atenção na música que tava tocando… Perdi uma ótima oportunidade de auto-conhecimento…

Saí de lá com o braço doendo e ainda fui pra UnB ver se arranjava uma ficha pra trabalhar no concurso do BRB amanhã. Só consegui a ficha na quinta-feira. Fogo, né?!

Bom, mas pra vocês não ficarem com peninha de mim, vou colocar aqui um relato (sem edições) de um colega do concurso que também foi doar sangue pra pegar os exames. Pelo menos o relato dele é mais alegre do que o meu. Logo vocês nem vão se lembrar que eu sofri tanto…

Divirtam-se!

Doação de Sangue: Coisa de Macho!

Sempre existiu em mim, esta ânsia de ajudar a preservar a espécie humana e imbuído do mais alto valor de sentimento e solidariedade ao mais próximo, resolvi consultar os meus oráculos. Munido do telefone, liguei para o Disque Real (serviço do Banco Real) e que após revelar à atendente os místicos números cabalísticos da minha senha, revelou-me um fato cada vez mais atormentante:- Eu estava cada vez mais atolado em dívidas com o fundo especial do banco e com todos aqueles juros bancários e com um monte de exames por fazer.

Desde ontem quando após ler este tópico inaugurado pelo Augusto/RJ (aquele tal que revelou os segredos do Aryes e da Debie, “queimando o filme do rapaz” no tópico Dias dos Namorados) o pensamento de doar sangue se fez sentir mais e mais forte dentro do meu ser. Estimulado por palavras generosas de apoio e compreensão do ErikBsb (“Tô só te previnindo, a agulha é grossona mesmo!”) segui ontem a noite para o meu bar favorido e após sorver meus goles de cerveja Skol (que é mais barato que chopp), absorto nos meus pensamentos financeiros, o álcool da cerveja me fez mais receptivo a idéia de fazer hoje o gesto altruístico de desprendimento que é doar sangue. Fui dormir e este sentimento pulsou mais forte quando após dúvidas que me assolaram o sono sobressaltado durante toda a madrugada, amanheceu e a decisão tinha que ser tomada.

Ocupava-me da minha higiene matinal quando tocou o telefone da minha casa e o Daniel/RJ relatava-me angustiado que os seus exames sómente ficariam prontos no dia 27 e que estava preocupado em eventual erro ou atraso do laboratório. Lembrei-me das palavras de Sir Camellot diante eminencia da invasão da França ocupada por Winston Churchill com seu charuto fumegante. Seja macho já que sua mãe nunca foi!

Eu ansioso em obter uma companhia para este gesto heróico que eu estava prestes a fazer, contei-lhe a forma de obter os exames em pouco tempo e de graça, como relataram-me os amigos do fórum (amigos???). Ele inseguro da entrega do resultado de seus exames, na mesma hora concordou em acompanhar-me na heróica empreitada. Ele também um herói angustiado, apesar de nunca também ter doado sangue. Fiquei aliviado! Se tivesse que morrer, não morreria sózinho e de quebra ainda haveria uma testemunha para relatar ao mundo (quero dizer, ao colegas do CW) a minha morte heróica.

Acertei com ele na porta do INCA, na Praça Cruz Vermelha, RJ. Ápós o desjejum, já no interior do carro seguindo a caminho, pensei que talvez fosse melhor pagar e ficar livre disto tudo (afinal, o que é um peido para quem já tá cagado?) mas eis que ao ligar para o celular do companheiro de aventura, o celular dele estava fora de área. Pensei ;- Não tem jeito. Tenho que ir lá.

Encontrei-o já no interior do prédio, orgulhoso com um adesivo colado ao peito, que dizia: Doador

Ele com um olhar algo como desconfiado, perguntou-me se doía. Eu com um olhar firme dos Machos, lembre-me das palavras escritas por um dos colegas no CW e afirmei-lhe ; – Não dói nada e é muito rápido. Parece algo de primeiro mundo!

Preenchemos um questionário que nos obriga a mentir com perguntas tais como:
– Já foi a Termas?
– Já comeu fulano, beltrano, etc?
– Já têve isto, aquilo?

Como não tinha onde responder que éramos virgem, e que óbviamente, nem eu nem o Daniel (e nem a torcida do Flamengo) tivemos nada daquilo, respondemos negativamente a todas as perguntas.

A sala de Coleta de Sangue!

Foi entusiástica a nossa entrada na sala de coleta de sangue.

O Daniel preocupado pela demora, se encarregou de olhar pelo vidro da porta voltou mais apreensivo pois se deparou com uma menina que de branca que estava parecia saída de um filme digno de Hitchkok (é assim que se escreve?) e desmaiou sentada naquela longa e reclinável cadeira, que lembra uma cadeira de dentista (ou cadeira elétrica daquelas de filmes americandos) e não pôde continuar doando.

Relatou-me o acontecido e eu, do alto de todo o meu conhecimento empírico sobre doação de sangue, afiancei-lhe com firmeza que isto era um fato que não atrapalharia nossos planos diabólicos de doar o sangue.

Passados alguns minutos, chamaram-me pelo meu nome e eu fiquei apreensivo (p.o.r.r.a. ! Porque não chamaram o Daniel primeiro? Mas muito macho não demonstrei para ele) pois eu não escutara chamar o meu fiel companheiro Daniel. Ainda encontramos a menina “vela”, defunta, sei lá o que, sentada na cadeira e se recuperando. Indaquei da atendente porque o meu companheiro também não tinha sido chamado (afinal de contas polícia não age sózinho, né?) e ela chamou em seguida o meu companheiro e juntos seguimos com passos de macho para aquela p.o.r.r.a. de cadeira elétrica (quero dizer, de doação).

Na primeira avaliação a atendente, pediu-me para trocar de cadeira pois ela avaliou que o meu braço direito não se prestava aquele ato magnânimo. Me senti um pouco inferiorizado mas tal fato também aconteceu com o Daniel e isto me fez voltar a auto-estima.

Eu ia olhar para a picada daquela p.o.r.r.a. de agulha (que ardeu prá $@#%&) no meu braço mas preocupado em não mostrar ao Daniel que eu não era tão macho assim como minha mãe pensava, preferi olhar para o lado contrário. Tudo isto acontecia enquanto eu com a outra mão, folheava um jornal que tinha comprado e tentava dissimular descontração. Eu acho que impressionei as atendentes. Com certeza elas pensaram: Este cara deve deve polícia. Macho prá $@#%&!

O sangue começou a fluir naquela veia heróica e meu olhar encontrou-se com o do Daniel que parecia tá com o c.ú. na mão . rs… rs….rs…

Mas sobrevivemos, comemos prá $@#%& e o resultado nos será entregue na próxima terça-feira.

Talvez com o sentido alterado pela endorfina do prazer de ter contribuído para salvar vidas, perguntamos se não podíamos encher mais uns dois pacotinhos de sangue mas a atendente (muito simpática, com o avental entreaberto com uma tatuagem muito bonita na virilha, porém muito tímida), com um lindo sorriso nos lábios, nos informou que não era permitido. Ao sairmos do prédio pensamos em dirigir-nos ao HemoRio , que fica ao lado, e doar mais uns dois ou tres pacotinhos de sangue, antes que este ficasse contaminado pela cerveja e um esperançoso beijo na boca da sexta-feira night, mas desistimos e deixamos para a próxima semana quando formos pegar o resultado.

Ao refletir sobre tudo o que passamos, chegamos a conclusão.

Nós somos f.o.d.a. e tamos prontos para encarar qualquuer missão!
Abraços
Hugo

OBS: Brincadeira a parte, pretendo sempre que possível, repetir o gesto de doação. Era uma coisa que sempre tive vontade de fazer mas sempre tive horror aquela $@#%& da picada mas se olharmos pro lado, dá prá encarar a picada e a ardencia da agulha.

Melhor assim, não?!

Falando de Amor – Leoni

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Segunda-feira fui doar sangue pra poder receber de graça alguns exames que precisava pro concurso. Legal, achei um lugar que eles entregavam os resultados dos exames em 5 dias (no Hemocentro demorava 10 dias). Fui feliz e contente lá pro Hospital Santa Lúcia. Dei meu nome, expliquei minha situação pra...